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O que visitar no Parque Natural do Vale do Guadiana

Parque Natural do Vale do Guadiana

Situado na região do Baixo Alentejo, o Parque Natural do Vale do Guadiana é uma área protegida com paisagens de cortar a respiração e um património histórico muito rico. Neste artigo, fique a saber mais sobre o Parque Natural do Vale do Guadiana, a sua importância para a preservação ambiental das espécies da região e descubra o que pode fazer ou visitar na área.

Onde se localiza o Parque Natural do Vale do Guadiana?

O Parque Natural do Vale do Guadiana é uma área protegida que se situa nos concelhos de Mértola e Serpa, no distrito de Beja. O território do parque tem uma área de aproximadamente 70 mil hectares, estendendo-se desde a zona do Pulo do Lobo até à Ribeira do Vascão. Tal como o próprio nome indica, o parque situa-se no vale do Rio Guadiana, perto do Algarve e da província espanhola de Andaluzia.

O Parque Natural do Vale do Guadiana faz parte da Rede Nacional de Áreas Protegidas, promovida pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Para além da sua rica biodiversidade, o parque proporciona paisagens inesquecíveis aos seus visitantes, sendo possível observar inúmeras espécies de fauna e flora, vales e planícies sem fim, uma grande cascata e imponentes formações rochosas. Além disso, a vila de Mértola tem um património histórico muito rico, preservando vestígios dos tempos romanos, árabes e medievais.

Qual a importância do Parque Natural do Vale do Guadiana?

O Parque Natural do Vale do Guadiana destaca-se principalmente pela sua biodiversidade e pelos esforços na conservação das suas espécies de fauna e flora. A bacia hidrográfica do Guadiana é considerada a mais importante para a conservação de peixes de águas interiores em Portugal.

No total, o Parque Natural do Vale do Guadiana contribui para a reprodução e conservação de 15 espécies de peixes diferentes. Entre estes, contam-se 11 espécies de peixes autóctones, dos quais se destacam o saramugo, o boga do Guadiana, o barbo-de-cabeça-pequena e o caboz-de-água-doce. Existem também 4 espécies de peixes migradores, que incluem a lampreia, a savelha, o sável e a enguia-europeia.

Fauna

Para além das diferentes espécies de peixes, no Parque Natural do Vale do Guadiana é possível observar muitas outras espécies de animais. Por exemplo, esta zona apresenta uma grande diversidade de bivalves, com um total de 4 espécies nativas. No entanto, o mexilhão-de-rio é a única espécie protegida, ao passo que as restantes espécies se encontram ameaçadas devido à fragilidade do seu habitat.

Encontre as diversas aves na Fauna

No que diz respeito a aves, o Parque Natural do Vale do Guadiana destaca-se pela presença de aves de presa e de aves estepárias. Alguns exemplos incluem a águia-real, a águia de Bonell, águia imperial, o grifo, o bufo-real (a maior ave de rapina noturna da Europa), ou a abetarda (a maior ave terrestre da Europa). Além disso, a única colónia urbana de peneireiro-das-torres, uma espécie de aves ameaçada, localiza-se em Mértola. Este concelho dá abrigo a 18% da população nacional desta espécie.

No Parque Natural do Vale do Guadiana existem também cerca de 300 espécies de aranhas, 35 espécies de mamíferos, dos quais se destacam os morcegos, 20 espécies de répteis, 13 espécies de anfíbios, 2 espécies de cágados e várias espécies de borboletas. Muitos destes animais destacam-se pela sua raridade em Portugal, ou mesmo na Península Ibérica, demonstrando a importância do Parque Natural do Vale do Guadiana na conservação de estas espécies.

Flora

A flora que envolve o Parque Natural do Vale do Guadiana é muito diversificada e apresenta características tipicamente mediterrâneas. As espécies mais abundantes neste parque são o zimbro, o loendro e o tamujo. No que diz respeito às árvores, é possível encontrar sobreiros, salgueiros, freixos, tamargueiras e azinheiras. Também são recorrentes as plantas com propriedades aromáticas e medicinais, tais como o alecrim, o rosmaninho, a erva-ursa, a murta, a mariola e o poejo. Por outro lado, algumas das espécies mais raras incluem narcisos, orquídeas e o trevo peludo de quatro folhas, que se acredita dar sorte a quem o encontrar.

O que pode visitar no Parque Natural do Vale do Guadiana?

Para além das paisagens inesquecíveis e beleza natural, o Parque Natural do Vale do Guadiana apresenta uma vasta oferta de locais para visitar, atividades para fazer e eventos para acompanhar.

Percursos pedestres

Em primeiro lugar, pode escolher um dos percursos pedestres para explorar a natureza e aproveitar as paisagens. No total, o Parque Natural do Vale do Guadiana dispõe de 10 percursos pedestres, com diferentes distâncias e níveis de dificuldade. Poderá também subir à serra da Alcaria e observar o contraste entre o Parque Natural do Vale do Guadiana e a ZPE de Castro Verde (Zona de Proteção Especial para as Aves). A vegetação predominantemente verde do parque natural cria um contraste interessante com os campos de Castro Verde, uma vez que este último apresenta um solo muito claro em comparação, sendo mesmo apelidado de “campo branco”.

Atividades aquáticas

Poderá também optar por atividades aquáticas, tal como fazer um passeio de barco pelo rio Guadiana ou descer o rio em canoa, ou kayak. Na primavera, poderá aproveitar a sua visita para observar os ninhos de peneireiros-das-torres nos buracos das muralhas em Mértola. Se estiver interessado em conhecer os principais marcos históricos, pode também visitar o Museu de Mértola, as ruínas das Minas de São Domingos ou até a cidade de Serpa.

Ao longo do ano, realizam-se também alguns eventos, tais como: o Festival do Peixe do Rio, no final de março; a Feira do Mel, Queijo e Pão, no final de abril; o Festival Islâmico, em maio; as festas da Nossa Senhora de Aracelis, no final de agosto; e a Feira da Caça, em outubro.

Um parque disponível para si durante todo o ano

Não existe uma época ideal para visitar o Parque Natural do Vale do Guadiana. O parque pode ser visitado durante todo o ano, mas essa decisão pode depender das atividades que pretende fazer. Por exemplo, se pretende fazer os percursos terrestres, é recomendado que o faça na primavera ou outono, já que a região alentejana costuma marcar temperaturas muito altas durante o verão. Se, por outro lado, preferir as atividades aquáticas, o verão costuma ser uma época muito popular.