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Miradouro do Arco da Rua Augusta é segredo para lisboetas desvendarem

arco da rua augusta

Sabia que existe um miradouro no topo do Arco da Rua Augusta? Se desconhece, não deixe de marcar visita a este local e ter um olhar único sobre a capital portuguesa

Situado numa principais zonas de turismo de Lisboa, o Miradouro do Arco da Rua Augusta continua a ser desconhecido para muitos dos cidadãos que habitam na capital do país. Situado no topo do imponente monumento que faz a ligação entre o final da famosa Rua Augusta e o Terreiro do Paço / Praça do Comércio, o espaço de observação a 360º oferece uma vista singular da cidade e também do Rio Tejo.

Quem decida virar o seu olhar para o Norte vai poder ver o traçado retangular das ruas idealizadas para a Baixa Lisboeta pelo Marquês de Pombal após o terramoto de 1755, tragédia que esteve também na origem da construção do Arco da Rua Augusta. Esse traçado das ruas é, aliás, o motivo para que esta zona da cidade seja também conhecida por Baixa Pombalina. Já no lado sul do miradouro pode-se observar uma fantástica vista para a imponente praça do Terreiro do Paço, mas também para o Estuário do Rio Tejo e ainda para os vários cais que transportam milhares de pessoas até à cidade todos os dias.

Inaugurado no dia 9 de agosto de 2013, o Miradouro do Arco da Rua Augusta é uma atração a que muitos turistas não conseguem resistir, pela fantástica visão que abarca em seu redor. Mas, para muitos dos “alfacinhas”, este local continua a ser um mistério por descobrir, que agora o Noticias PT o ajuda a desvendar.

rua augusta

A história da construção do Arco da Rua Augusta

Após o terramoto e maremoto de 1755 ter destruído toda a zona da capital à beira-Tejo, o Marquês de Pombal decidiu reabilitar toda a zona e dar-lhe um traçado moderno. Foi daí que surgiu a ideia de criar um conjunto de amplas vias, num trajeto retangular, que uniu os espaços hoje conhecidos como Praça D. Pedro V e Praça do Comércio.

Ao centro deste traçado situa-se a Rua Augusta, tendo sido decidido em 1759 criar um emblemático arco triunfal (o maior exemplo dessa forma de arte é o famoso Arc de Triomphe de Paris), que serve de entrada para o Terreiro do Paço. Classificado hoje como um monumento nacional, o Arco da Rua Augusta é um exemplo de arte comemorativa, pombalina e neoclássica. Ele foi fabricado em cantaria de calcário liós, e conta com seis majestosas colunas de fuste liso e capitéis jónico-toscanos, surgindo na parte superior várias esculturas a glorificar o espírito lusitano.

O desenho original é assinado por Eugénio de Matos. Mas em 1820, passados mais de 50 anos do início da empreitada, apenas estavam edificadas as colunatas compósitas (as colunas laterais) do Arco da Rua Augusta. O monumento manteve-se com apenas um nível até 1844, quando o arquitecto Veríssimo José da Costa ganhou o concurso para terminar esta obra, finalizando os trabalhos em 1875.

miradouro do arco da rua augusta

Detalhes do Arco exaltam a história de Portugal

Visível logo desde a entrada da Rua Augusta, o maior destaque na fachada norte é o enorme relógio colocado em posição central. Mas quando observado a partir da Praça do Comércio são vários os detalhes que sobressaem no Arco da Rua Augusta. O principal é, porventura, a enorme escultura de três figuras assinada por Celéstin Anatole Calmels, que personifica em posição central a “Glória”, ladeada pelo Génio e pelo Valor.

Mais abaixo pode-se ver a pedra de armas de Portugal e também várias esculturas de Vitor Bastos, que prestam homenagem a grandes vultos da história nacional. A lista inclui Vasco da Gama, Viriato, Nuno Álvares Pereira e o Marquês de Pombal, a que se juntam alegorias que representam os rios Tejo e Douro. A culminar os maiores destaques do Arco da Rua Augusta está uma frase em latim logo abaixo da escultura da Glória, cuja tradução é precisamente ““Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”.

Miradouro do Arco da Rua Augusta é ex-lybris da cidade

Quem procure uma vista singular da zona pombalina da cidade de Lisboa tem no Miradouro do Arco Triunfal da Rua Augusta um ponto de passagem obrigatório. Aberto em agosto de 2013, este espaço pode ser visitado por um preço simbólico. Quem descubra a entrada, situada no lado esquerdo quando se chega ao final da Rua Augusta, terá de subir de elevador e completar a ascensão através de dois lances de escada em caracol. Mas, uma vez chegado ao topo, vale bem a vista o custo do bilhete e o esforço de galgar os lances de escada…

Do lado norte a vista sobre toda a calçada da Rua Augusta é impar, sendo ainda possível abarcar no olhar a restante zona da Baixa Pombalina, os tradicionais bairros lisboetas e ainda o Castelo de São Jorge a vigiar toda a cidade. Ao sul a vista sobre o Terreiro do Paço é igualmente magnífica e, se tiver oportunidade, tente ir ao Arco da Rua Augusta no final do dia para se deleitar com a vista do por-do-sol sobre o estuário do Tejo, a ponte 25 de Abril e o Cristo-Rei. Outro ponto de interesse que pode mirar são os vários cais da cidade, perdendo de vista os barcos e os iates que diariamente dão a conhecer Lisboa a milhares de pessoas.

Se tiver oportunidade, descubra o Miradouro do Arco da Rua Augusta. Pode chegar ao local de várias formas, descendo a pé a Rua Augusta, usando os autocarros ou estações de metro nas proximidades, usando os táxis e TVDE ou ainda fazendo um mágico passeio de elétrico até ao local. Visiste e seguramente não se vai arrepender de conhecer este miradouro, um dos mais desconhecidos e dos mais fantásticos da capital do país. Já agora, se vai ao local, porque não aproveitar para depois dar um salto a Santa Apolónia e visitar o Mercado de Santa Clara?

Fontes:

Turismo de Lisboa

SIPA

Wikipedia