Papua Nova Guiné é um dos territórios mais singulares do planeta, repleto de culturas e de belezas naturais para descobrir.
Com a expansão da exploração humana, é cada vez mais difícil encontrar locais verdadeiramente puros e intocados no planeta Terra. Mas a Papua Nova Guiné é um desses locais, onde ainda se encontram populações tribais, florestas virgens e muita biodiversidade endémica. Mas há alguns riscos se quer viajar para este país da Oceânia, já que ela pertence ao chamado anel de fogo do Pacífico, uma zona onde eventos naturais extremos são habituais. Agora vamos dar-lhe a conhecer a história, conheça a biodiversidade e monumentos e também todos os conselhos que deve seguir para conhecer este paraíso.
Está interessado em conhecer este país onde são faladas mais de 850 línguas e onde resiste a última tribo de canibais do mundo? Então vamos explicar-lhe tudo sobre a história, a economia e o turismo na Papua Nova Guiné, para que esteja devidamente preparado para explorar este impressionante território. Pronto para a viagem?
Onde fica e como é a Papua Nova Guiné?
A Papua Nova Guiné é um território composto pela metade oriental da ilha da Nova Guiné (a parte ocidental integra a Indonésia) e por várias ilhas e arquipélagos do Pacífico. Localizada a norte da Austrália, e com uma área total de 462840 m2, ela tem no entanto uma baixa densidade populacional. Como apenas 18% dos seus habitantes vivem em ambiente urbano, a maior parte na capital, Port Moresby, em média existem apenas 11 habitantes por km2 nesta nação.
Além de Port Moresby, as outras principais cidades do país são Rabaul, Lae, Mount Hagen (onde fica a maior montanha do país, com 4509 metros de altitude) e Madang. Mas a maior parte do território é composto por montanhas de origem vulcânica, muitas delas acima dos 3000 metros, onde as florestas tropicais intocadas acolhem centenas de tribos. Esta diversidade é, aliás, um dos motivos para este ser o país do planeta com mais línguas e idiomas falados.
Turistas atraídos pela fauna, a flora e os temíveis Korowai
As inúmeras florestas inexploradas são um dos motivos para que existam na Papua Nova Guiné imensas espécies animais e botânicas que não se encontram em mais local algum do mundo. Como não existem mamíferos de grande porte, marsupiais, como wallabies e gambas, e monotrématas (ornitorrincos) são as espécies de maiores dimensões. Além delas, também se encontram vários répteis, peixes de água doce e insetos endémicos.
Mas é mesmo nas florestas tropicais que está uma das sensações no turismo da Papua Nova Guiné. Falamos dos Korowai, também conhecidos como Kolufo, que são conhecidos mundialmente por serem a última tribo do planeta a praticar a antropofagia (canibalismo). Outra curiosidade dos Korowai é viverem em cabanas até 35 metros de altura do solo, uma forma de se protegerem dos insetos, das inundações e dos ataques durante guerras tribais.
Portugueses descobriram e deram nome à Papua Nova Guiné
A primeira evidência da descoberta da principal ilha desta nação vem de 1511, e está a cargo dos portugueses. Foi também um navegador luso, Jorge de Menezes, que em 1526 batizou o território como Papua, seguindo-se depois a denominação Nova Guiné, criada por exploradores espanhóis em 1545.
Durante vários séculos estes territórios estiveram separados, e existiram territórios sob domínio da Inglaterra, da Alemanha e da Holanda até ao arranque do século XX. A Grã-Bretanha, em 1902, foi a primeira a passar a administração da sua área de influência para a Austrália, algo que também aconteceu com as zonas sob domínio alemão após a derrota germânica na Primeira Guerra Mundial.
Mais tarde, a Segunda Guerra Mundial trouxe combates sangrentos ao território, já que entre 1942 e 1945 ela foi disputada por japoneses e pelas forças aliadas. A proximidade com o território australiano, e a possibilidade de servir de base para uma invasão nipónica deste país, foram motivo de preocupação e levaram a que este se tornasse num dos principais palcos de batalha no Pacífico.
A década de 1970 foi o momento que marcou a independência do território. O primeiro passo foi o surgimento da atual bandeira, em 1971, que é formada pelo vermelho e negro de muitas das tribos locais e a presença de um pássaro icónico, a Ave do Paraíso de Raggi. No dia 1 de dezembro de 1973 começa a autogovernação num executivo liderado por Michael Thomas Somare, considerado como o “Pai da Nação”. E a 16 de setembro de 1975 surge, finalmente, a independência da Papua Nova Guiné. Desde o século XX, quando passou para administração australiana, que este território pertence à Commonwealth. Como tal, o Rei Carlos III é o monarca supremo, mas o território tem gestão própria e é totalmente independente.
Viajar para a Papua Nova Guiné
Se pensa em descobrir este território, onde o Pântano de Kuk é o único Património Mundial da Unesco, tenha alguma atenção. Desde logo porque este é considerado um território inseguro, devido aos crimes e aos conflitos tribais. E, além disso, porque pode encontrar vários fenómenos naturais extremos como terramotos, tsunamis e erupções vulcânicas. As monções, que assolam o noroeste entre dezembro e março e o sudeste entre maio e outubro, são outro motivo para precauções.
Se ainda está interessado, fique a saber mais sobre a Papua Nova Guiné. A moeda oficial, a Kina, tem uma cotação próxima dos 0,30€, e pode aterrar em 18 aeroportos com asfalto (de um total de 561 pistas). Depois para viajar o melhor é manter-se perto das grandes cidades, até porque apenas 32% dos 9350km de estradas estão pavimentados. E lembre-se de levar a vacinação, porque nestas zonas tropicais há sempre riscos associados com determinadas doenças.
Mas, para muitos turistas, as belas florestas tropicais, os pântanos de mangue e as praias da costa e os quatro vulcões do país (Rabaul, BugainVille, West New Britain e Manam Island) continuam a ser bons motivos para viajar até à Papua Nova Guiné. Se também está interessado, um voo de ida e volta para Março (a melhor época para descobrir o país) pode ficar por 1800€, se viajar para a capital Port Moresby, ou por cerca de 2500€ se decidir ir até Rabaul ou Mount Hagen. Já fez as malas? Então desfrute e aproveite as belezas naturais e culturais da Papua Nova Guiné.
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