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Revelados os 3 pilares para a inovação na tecnologia de saúde em 2023

tendências de tecnologia de saúde para 2023

A Wolters Kluwer, especialista na área dos cuidados médicos e da tecnologia de saúde, relevou agora as três tendências tecnológicas que vão ter mais impacto em 2023. As traves-mestras da inovação na saúde vão ser alargar o cenário clínico, focar-se no paciente e a evolução do conhecimento dos cuidados de saúde

A transformação digital e a inovação que ela traz vão ter um impacto fulcral nos cuidados médicos em 2023, adianta a Wolters Kluwer. E o aumento da complexidade na tomada de decisões é uma das tendências associadas à tecnologia de saúde que será desenvolvida em 2023, embora este seja o caminho apontado para criar novos padrões nos tratamentos aos pacientes. E, com o fim da pandemia e das exigências que ela teve na evolução dos cuidados médicos, prevê-se uma maior clareza e variabilidade reduzida na tecnologia de saúde em 2023.

Tirar partido da experiência acumulada será uma das armas usadas na criação de novas soluções para os doentes, com três pilares a guiarem a inovação na tecnologia de saúde. São eles alargar o cenário clínico, focar-se no paciente e a evolução do conhecimento dos cuidados de saúde, todos incorporados numa perspetiva holística de alto nível. Indo mais ao detalhe, o Noticias PT revela-lhe agora mais pormenores sobre os pilares para a inovação na tecnologia de saúde em 2023.

cuidados médicos à distância e tecnologia de saúde

Farmácias e telesaúde levam a revolução clínica além do consultório

Com as novas ferramentas tecnológicas que a web, as aplicações para smartphone e os aparelhos conectados oferecem, vai ocorrer uma verdadeira revolução nos cuidados de saúde até ao final da década. E a Wolters Kluwer adianta que 2023 provavelmente marcará um ponto de viragem nesta mudança de paradigma, onde se destacam as farmácias, a telesaúde e a investigação, todas incorporadas no ecossistema de cuidados.

Com um papel essencial no combate à Covid-19, as farmácias apoiaram na educação dos doentes, garantiram o fornecimento de medicamentos não regularmente abastecidos nos hospitais e foram preponderantes no rastreio dos casos positivos. E, desde o surgimento das vacinas, eles também deram apoio à imunização em massa.

Annie Lambert, Gestora do Programa PharmD da Wolters Kluwer espera que a influência deste sector venha a acelerar, até pela proximidade que as farmácias têm junto da maior parte da população. “Os farmacêuticos e os técnicos de farmácia são muitas vezes os prestadores de cuidados de saúde mais acessíveis nas suas comunidades. Ambas as funções continuarão a assistir a uma evolução no seu âmbito de prática para incluir os cuidados diretos do paciente, que vão aumentar no próximo ano.”

Com o potencial de gerar um quarto de trilião de dólares para a economia mundial no pós-COVID, a telemedicina tem atraído cada vez mais atenção. A adoção destas soluções como práticas convencionais tem levantado questões em torno da qualidade e resultados dos cuidados virtuais. Mas vários estudos já demonstraram que a telesaúde pode aumentar o acesso aos cuidados de saúde e comprovam a eficácia dos cuidados de telesaúde para pacientes, fornecedores e pagadores através de uma base de evidência estabelecida.

Surge, no entanto, o alerta de que a aplicação de informação clínica e investigação na telesaúde exige coordenação de todos os envolvidos neste campo. Yaw Fellin explica que “abordar esta ‘última milha’ de cuidados virtuais será uma prioridade do setor em 2023, começando com o foco em escalar os mais recentes padrões de cuidados baseados em evidências para fomentar o alinhamento entre as partes interessadas, incluindo desenvolvedores de tecnologia, pacientes e fornecedores”.

teleconsulta

Novas formas de comunicar aumentam foco no paciente

Criar conteúdos educativos personalizados e inclusivos para os doentes, tanto em ambientes de cuidados de saúde virtuais como tradicionais, é outro dos temas quentes para 2023. E a Wolters Kluwer prevê que no próximo ano surja uma nova onda de conteúdo digital personalizado, que vai apoiar os pacientes que pesquisam por soluções no campo da saúde.

Uma das tendências na tecnologia de saúde será, portanto, o investimento em formatos de divulgação que garantam conteúdos educativos mais personalizados e capazes de refletir a diversidade de doentes no conhecimento das tecnologias, na idade, género, raçae outras áreas.
Na área da comunicação da saúde também será importante a recolha e acesso aos dados, que vão permitir ter todo o historial dos doentes. Para a tecnologia de saúde, essa melhoria na codificação e interoperabilidade de dados vai permitir dar resposta mais precisa e diagnósticos mais acertados para os problemas levantados à distância pelos doentes.

Esta facilidade de troca de informação terá ainda impacto num dos problemas mais atuais dos sistemas de saúde, que passa pelo elevado afluxo de pacientes aos hospitais e centros de saúde. Com as ferramentas digitais a facilitarem os cuidados em ambulatório, será também possível limar outras lacunas nos cuidados de saúde, permitindo a redução dos preços dos medicamentos e garantir acompanhamento mais próximo das terapêuticas receitadas e da sua eficácia.

realidade virtual

Melhoria do conhecimento com papel fulcral na tecnologia de saúde

Depois da pandemia ter exigido uma política mais de reação do que uma estratégia ponderada e com um plano de desenvolvimento bem definido, chegou o momento de garantir que as equipas clínicas têm acesso às últimas informações baseadas em evidências. Além disso, e fulcral o reforço de pessoal para apoiar adequadamente os cuidados dos pacientes, permitindo aos médicos e outros profissionais tirar partido da evolução na tecnologia de saúde.

Além disso, a inovação vai permitir a introdução de inovações nos cuidados de saúde e na formação de staff médico. Por exemplo, o recurso à realidade virtual oferece soluções de aprendizagem imersivas para os alunos. Isso acelera a sua educação clínica, permite-lhes ganhar prática e preparar-se para trabalhar em equipas multidisciplinares e saber como reagir no futuro a casos mais completos e complexos. E esta introdução de novas tecnologias pode resolver um dos maiores problemas atuais na área da saúde, que é a dificuldade em substituir os profissionais que avançam para a reforma.

 

Fonte:

Wolters Kluwer